A erliquiose é uma enfermidade parasitária que acomete cães de todas as raças e idades. Foi descrito pela primeira vez no Brasil em 1973 (Costa et al.) e nos últimos anos vem apresentando um aumento significativo no número de animais infectados em várias regiões do Brasil e do mundo. É considerada uma zoonose, isto é, doença que pode ser transmitida dos animais para os homens.
Erliquiose (ou então Erlichiose) é uma doença causada por bactérias gram-negativas da família Anaplasmataceae, gêneros Ehrlichia, Anaplasma e Neorickettsia. Estas bactérias são parasitas intracelulares obrigatórios que infectam geralmente glóbulos brancos.
Sua transmissão ocorre principalmente por meio da picada do carrapato vermelho dos cães, Rhipicephalus sanguineus, infectados com Ehrlichia canis.
O período de maior incidência é durante a primavera e o verão, onde as condições climáticas favorecem a proliferação dos carrapatos, podendo, todavia, ocorrer infecção em outras épocas do ano.
Sabe-se que o cão pode estar infectado com Ehrlichia canis e não apresentar nenhum sintoma clínico durante semanas e até por anos, entretanto, ele é um portador e disseminador da doença.
Se o cão for exposto ao carrapato, o risco de Erliquiose existe.
Os sinais clínicos da Erliquiose estão divididos em três fases:
Fase I: Aguda (início da infecção)
Pode durar de 2 a 4 semanas.
Sinais clínicos e sintomas:
- Febre (39,5 a 41,5 ºC)
- Fraqueza muscular
- Letargia
- Perda de apetite
- Perda de peso
- Petéquias hemorrágicas
- Secreção nasal purulenta
- Tremores musculares
- Relutância em movimentar-se
Fase II: sub-aguda (Assintomática)
Pode durar meses ou anos. Ocasionalmente passa despercebida pelo proprietário.
Pode durar meses ou anos. Ocasionalmente passa despercebida pelo proprietário.
Fase III: crônica
Sinais e sintomas:
- Febre (39,5 a 41,5 ºC)
- Apatia
- Perda de apetite
- Perda de peso
- Fraqueza muscular
- Secreção nasal e ocular
- Emaciação e aumento do baço
- Astenia
- Edema de membros
- Hemorragias
- Hifema
- Uveítes
- Opacidade de córnea
- Palidez de mucosa
- Susceptibilidade a doenças secundárias
- Linfoadenopatia
- Ulcerações de mucosas
- Susceptibilidade à infecção secundária
- Convulsões
- Febre (39,5 a 41,5 ºC)
- Apatia
- Perda de apetite
- Perda de peso
- Fraqueza muscular
- Secreção nasal e ocular
- Emaciação e aumento do baço
- Astenia
- Edema de membros
- Hemorragias
- Hifema
- Uveítes
- Opacidade de córnea
- Palidez de mucosa
- Susceptibilidade a doenças secundárias
- Linfoadenopatia
- Ulcerações de mucosas
- Susceptibilidade à infecção secundária
- Convulsões
Diagnóstico
Na fase inicial, a doença é de difícil diagnóstico, pois os testes podem apresentar resultados falsos e os sinais clínicos são inespecíficos.
Na fase inicial, a doença é de difícil diagnóstico, pois os testes podem apresentar resultados falsos e os sinais clínicos são inespecíficos.
Por isso, o diagnóstico deve ser baseado na suspeita clínica, histórico de presença de carrapato e será confirmado por testes laboratorias, como o Esfregaço Sangüíneo, onde se verifica a presença do hemoparasita no sangue, porém este método de diagnóstico se torna difícil devido à dificuldade de visualização das rickettsias intracelulares; o teste Imunofluorescência Indireta, detecta a presença de anticorpos, sendo, portanto o teste de maior confiabilidade no resultado.
Agente Etiológico
A Ehrlichia canis é um microrganismo intracelular obrigatório, Gram-negativo, pertencente à família das Rickettsiaceae, do gênero Ehrlichia.
A Ehrlichia canis é um microrganismo intracelular obrigatório, Gram-negativo, pertencente à família das Rickettsiaceae, do gênero Ehrlichia.
É um microrganismo que parasita obrigatoriamente os leucócitos (células brancas) dos animais, onde ocorre a sua replicação. Tem como hospedeiro primário os artrópodes (carrapato) e como hospedeiro secundário os vertebrados, causando a Erliquiose. Este tipo de rickettsia acomete os canídeos, eqüídeos, ruminantes, homens e raramente os felinos.
O ciclo de vida deste microrganismo não está totalmente descrito, mas sabe-se que os estágios de desenvolvimento são iguais nos animais e nos carrapatos, onde ocorre a multiplicação da Ehrlichia canis nos hematócitos e nas células das glândulas salivares (Lewis et al, 1977, citado por Corrêa e Corrêa, 1992).
Contaminação
A contaminação ocorre principalmente por meio do carrapato Rhipicephalus sanguineus, que tem grande importância epidemiológica por ser cosmopolita e o principal reservatório da doença. Este carrapato é um típico parasita de três hospedeiros, isto é, durante as fases de sua evolução (larva, ninfa e adulto), ele pode parasitar três animais diferentes e as mudas de fase ocorrem fora do corpo do hospedeiro, facilitando a transmissão da doença. O carrapato é contaminado quando se alimenta do sangue de um cão portador de Ehrlichia canis, e este agente se multiplica no interior do carrapato mantendo-se vivo por até 5 meses. O carrapato passa a transmitir a Ehrlichia canis 3 a 5 dias após a sua contaminação.
A contaminação ocorre principalmente por meio do carrapato Rhipicephalus sanguineus, que tem grande importância epidemiológica por ser cosmopolita e o principal reservatório da doença. Este carrapato é um típico parasita de três hospedeiros, isto é, durante as fases de sua evolução (larva, ninfa e adulto), ele pode parasitar três animais diferentes e as mudas de fase ocorrem fora do corpo do hospedeiro, facilitando a transmissão da doença. O carrapato é contaminado quando se alimenta do sangue de um cão portador de Ehrlichia canis, e este agente se multiplica no interior do carrapato mantendo-se vivo por até 5 meses. O carrapato passa a transmitir a Ehrlichia canis 3 a 5 dias após a sua contaminação.
Este carrapato pica um animal sadio, e durante a picada, libera no local, secreções salivares que contêm a Ehrlichia canis, infectando o animal. O período de incubação varia de 7 a 21 dias, e passa para a fase aguda que dura de 2 a 4 semanas.
Pode ocorrer também a infecção por meio de transfusão sangüínea, de instrumentais, agulhas contaminadas e via transplacentária.
O agente se multiplica nos órgãos do sistema mononuclear fagocítico (fígado, baço e linfonodos). Os monócitos ligam-se às células Endoteliais dando início à vasculite. A destruição das plaquetas e a persistente trombocitopenia tende a hemorragias em membranas, mucosas, ou em qualquer outro sistema orgânico.
A anemia ocorre devido à leucopenia na fase aguda e à hipoplasia da medula óssea na fase crônica.
Tratamento
Dentre os protocolos existentes para o tratamento da erliquiose canina, o antibiótico de eleição é a Doxiciclina (Doxifin Comprimidos), um antibiótico bacteriostático da família das Tetraciclinas que atua em todos os estágios da Erliquiose canina.
Dentre os protocolos existentes para o tratamento da erliquiose canina, o antibiótico de eleição é a Doxiciclina (Doxifin Comprimidos), um antibiótico bacteriostático da família das Tetraciclinas que atua em todos os estágios da Erliquiose canina.
O tratamento pode variar de acordo com a fase e o estado em que o animal se encontra e a dose recomendada pode variar de 5 a 11 mg/kg de peso corporal, duas vezes ao dia, sendo no mínimo 14 a 21 dias de tratamento na fase crônica e até 8 semanas na fase aguda.
Pode ser realizado tratamento de suporte à base de fluidoterapia principalmente em casos crônicos e corticóides para animais em quadros de trombocitopenia e, em alguns casos, faz-se necessária a transfusão sangüínea.
Alguns autores recomendam prolongar o tratamento por mais de 6 semanas nos casos de erliquiose subclínica (HARRUS et al., 1998).
Doxifin comprimidos
- Medicamento de eleição para o tratamento de erliquiose canina. Apresenta um alto nível de cura com dosagens terapêuticas menores que outros medicamentos.
- Alto grau de lipossolubilidade, ampla distribuição pelo organismo e alta taxa de absorção.
- Pode ser administrado junto à alimentação.
- Pode ser administrado em animais idosos e/ou com insuficiência renal.
- Medicamento de eleição para o tratamento de erliquiose canina. Apresenta um alto nível de cura com dosagens terapêuticas menores que outros medicamentos.
- Alto grau de lipossolubilidade, ampla distribuição pelo organismo e alta taxa de absorção.
- Pode ser administrado junto à alimentação.
- Pode ser administrado em animais idosos e/ou com insuficiência renal.
Prevenção
- A prevenção é feita por meio do controle dos carrapatos no animal e no ambiente com o uso de carrapaticidas seguros e de baixa toxicidade.
- Animais de pêlos longos em períodos de muito calor podem ser tosados para facilitar o controle de parasitas.
- Tratamento imediato dos animais doentes.
- A prevenção é feita por meio do controle dos carrapatos no animal e no ambiente com o uso de carrapaticidas seguros e de baixa toxicidade.
- Animais de pêlos longos em períodos de muito calor podem ser tosados para facilitar o controle de parasitas.
- Tratamento imediato dos animais doentes.
Prognóstico
O prognóstico será favorável para os cães que se encontram na fase aguda e reservado para cães que estão na fase crônica, pois nesta fase o animal poderá apresentar supressão da medula óssea e diminuição das células sangüíneas, não respondendo devidamente ao tratamento.
O prognóstico será favorável para os cães que se encontram na fase aguda e reservado para cães que estão na fase crônica, pois nesta fase o animal poderá apresentar supressão da medula óssea e diminuição das células sangüíneas, não respondendo devidamente ao tratamento.
Sendo assim, ao se suspeitar de Erliquiose canina deve-se iniciar o tratamento imediatamente.
- O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível.
- Repetir o hemograma durante e após o tratamento.
- Manter o animal em repouso.
- Manter alimentação normal e água à vontade.
- Pode ser feita uma suplementação vitamínico-mineral.
- Efetuar um bom controle de carrapato no ambiente e no animal.
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